quarta-feira, 26 de outubro de 2016

O Gigolô da Política


 Rose Salazar e Cristina Roriz
26/10/20016

Em sua origem, o termo “gigolô” está diretamente ligado à ideia de exploração da mulher. Adquiriu,com a evolução da língua, um sentido mais amplo e, hoje, define todo aquele que sobrevive a custa de terceiros, em uma espécie de exploração.

Encontramos nesse bojo uma figura quase tão antiga quanto o termo original : O “gigolô político” . Este vive de rolos, trocas, favorecimentos pessoais e serve de mediador ou negociador em questões políticas. Quando trabalha, quase sempre o faz em cargos comissionados os quais exigem pouca dedicação e quase nenhum ou até mesmo nenhum comparecimento ao setor para o qual foi nomeado.

O “gigolô político” é o cara que sabe de tudo e de todos; está sempre bem informado porque a informação suja e sigilosa, que deveria ser denunciada aos órgãos competentes, é a sua moeda de troca e é o que lhe garantirá a permanência nos cargos públicos.

Ele vive rodeado de pessoas que repassam informação para que ele execute o trabalho sujo. As inverdades estão de tal forma enraizadas na sua personalidade, que ele passa a considerar verídico as mentiras que conta.

Em época de eleição, o “gigolô político” sempre está aliado a algum politico que negocia cargos e defenderá o seu candidato/padrinho com unhas e dentes. Não existe ética e moral para ele. Se o candidato é corrupto ou desonesto, isso nunca lhe será um obstáculo. Na verdade, tanto melhor se ele o for. É mais fácil negociar com quem tem a mesma prática oportunista de fazer politica.

E, assim, vai sobrevivendo.

O discurso do “gigolô político” é tão convincente – e tem que ser para se manter no cargo – que, quem não o conhece, chega a confundi-lo com um defensor das minorias e da politica limpa. Ele é aquela figura que, se o candidato dele ganha, ele está dentro. Se o candidato perde, ele faz a aliança conveniente para os seus interesses e,então… ele,também, está dentro. O “gigolô político” político nunca perde a “boquinha”

Ele procura conhecer os “podres” de todos no meio político e, quando não tem o que contar, inventa. Não tem amigos, tem cúmplices. Todos que o rodeiam têm um interesse comum, arranjar uma “boquinha” denominada de cargo público. Não tem vergonha, mente sem culpa.

Em Volta Redonda, nesse momento, o mercado de “gigolôs políticos” está aquecido. Estão todos se apertando num estádio lotado, atacando o adversário, na torcida para que ele sucumba .Essa é a sua estratégia para se manter em algum cargo público.

Alguém perguntou por ideologia partidária ? Não, né? Um tatu cheira o outro. E, assim, eles vão se aliando! E, assim, ele vai se mantendo!




terça-feira, 25 de outubro de 2016

Samuca e Baltazar: O que está por trás do discurso?


Rose Salazar
25/10/2016
A crueldade, a maldade e o ódio existem desde os tempos mais primórdios e vão continuar existindo. Isso não significa que sejam inevitáveis. A solução para isso seria a aplicação rigorosa da lei, de forma que o temor a ela seja fator coibidor do crime gerado pelo ódio.
As redes sociais mostram seu lado sombrio da falta de escrúpulos daqueles que a qualquer custo tentam se manter no poder e atacam seus oponentes de todas as formas nessas eleições em Volta Redonda. Falei sobre o tema no artigo, FALSO OU VERDADEIRO: Como saber se estão me enganando?
O ódio a maldade e a crueldade ocupam o ciberespaço propagando mentiras sobre o candidato Samuca Silva. Como acreditar em pessoas que no primeiro turno se degladiavam e no segundo turno se unem para atacar apenas um candidato. O candidato que aceita apoio do PMDB e PT não tem meu apreço, e falar que não sabe o que seu grupo está fazendo cairia no discurso de Lula e Dilma que a cada descobrerta de corrupção ligada a seu grupo alegava desconhecimento do fato. Posso citar o caso da refinaria da Petrobras em Pasadena (EUA) onde Dilma declara que o negócio só foi aprovado porque clausulas fundamentais eram desconhecidas. A tática de negar até o fim é uma velha tática da política suja usada pelo PT até hoje.
Não é segredo para ninguém que o FORO de São Paulo foi decisivo para a eleição de Lula(ele mesmo declarou isso). O mais importante saber é que o FORO de São Paulo é uma conferência de partidos políticos de esquerda criada em 1990 a partir de um seminário internacional promovido pelo Partido dos Trabalhadores do Brasil, e visava unir forças para eleger presidentes de esquerda na américa latina. Entre os partidos de esquerda do Brasil estão PT, PDT, PcdoB, PCB, Partido Pátria Livre, PPS e PSB. Até ai tudo quase normal. O problema é encontrado quando entre os partidos de esquerda dos países da américa do sul e central encontramos a participação de partidos legais e várias organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e à indústria dos sequestros, como as Farc e o MIR chileno, todas empenhados numa articulação estratégica comum e na busca de vantagens mútuas. Para atinguir seu objetivo este grupo utilizou uma estratégia muito conhecida na política brasileira. Quantas vezes vemos nas defesas de políticos a negação de crimes cometidos apenas com um discurso repetitivo que nada tem de fundamentado. Ou seja negar até a morte apenas por negar, sem apresentar nada em defesa própria(até porque não tem defesa), a única atitude que utilizam é a da compaixão ou comoção popular, se fazendo de vítima do sistema para ganhar apoio da população. A condição de vítima rendeu muitos votos a este grupo durante muitos anos. Outra estratégia é acusar os opositores com mentiras e calúnias, como se isso fosse absolvê-los de seus delitos. Denunciam seus opositores apelando pelo sentimento de justiça que a população tanto almeja, assim ameniza a sua culpa ou diminui o peso dos crimes que a cada dia são colocados em seus ombros por conchavos políticos ou corrupção ativa, improbidade administrativa e muito mais.
O que me parece é que os adversários político entende que espalhando calúnias sobre Samuca Silva iremos esquecer de todos os processos contra Baltazar. Se o candidato Samuca fosse culpado de todos os crimes imputados a ele eu teria a solução para a questão, neste caso usaríamos as ambulâncias da Operação sanguessuga e já que faltam veículos para a PM (governo do PMDB sucatiou o estado) levaríamos Samuca preso passando pela rodovia do contorno.
O grande problema é que o PT(de KIKA) utilizou durante toda sua campanha estratégias de esquerda ligada a guerrilha(FARC E MIR é grupo de guerrilha). Calúnias, mentiras e difamação, é a melhor tática do grupo de partidos citados acima que apoiam Baltazar , olhe o que o Manual do Guerrilheiro de Maringuela fala sobre o assunto:
A guerrilha urbana comprometida com a imprensa clandestinas facilita enormemente a incorporação de um grande número de...o objeto da guerra de nervos é para enganar, propagar mentiras entre as autoridades na qual todos podem participar, assim criando um ar de nervosismo, descrédito, insegurança e preocupação por parte do governo. (Manual do Guerrilheiro)
Como eles agem?
1 - usando o telefone e meios de comunicação para espalhar boatos
2 - apresentar provas falsas para desviar a atenção do público
3 - plantar rumores para deixar o adversário nervoso
4 – explorando cada meio possível de falsiar a corrupção no adversário forçando-os a explicações desmoralizantes e justificações nos meios de comunicação de massas que mantém baixo audiência.
e. apresentando denúncias de agreções verbais falsas e buscando o sentimento de compaixão da população.
Todo este discurso apresenta a clara intenção de usar os cidadão de Volta Redonda como Massa de Manobra. O que eles desejam tanto esconder? Por que o medo toma conta desse grupo? Como posso acreditar em um grupo de pessoas que se associam com finalidades obscuras? O povo não aceita isso, queremos respeito e ética na política. A única coisa que conseguiram foi um tiro no pé.





sexta-feira, 21 de outubro de 2016

FALSO OU VERDADEIRO: Como saber se estão me enganando?


Rose Salazar
21/10/2016 
 
Quem não conhece ou já ouviu falar em Facebook, Instagram ou Twitter? Hoje, 81,5 milhões de brasileiros acessam à internet através do celular. As redes sociais deixam de ser apenas uma ferramenta de interação, de busca por relacionamento e de conversa, passando a exercer uma função social importante. As redes sociais foram pensadas, em sua origem, como forma de entretenimento, e promoviam um contato maior entre as pessoas para amenizar as distâncias geográficas.
Seja qual for o motivo das pessoas, se por lazer, relacionamentos, empregos ou outros objetivos, as redes sociais permitem uma maior conexão entre elas. O ciberespaço é um novo espaço para a expressão, conhecimento e comunicação humana, onde a presença humana não existe fisicamente mas virtualmente.
É inegável que a revolução cibernética-tecnológica afeta os mais variados aspectos da vida cotidiana, e não poderia ser diferente na política. Todos os partidos produziram, ou estão elaborando, cartilhas para ensinar a utilização dessas plataformas nas campanhas eleitorais. Afinal, todos buscamos uma forma rápida de alcançar um maior número de pessoas para passar nossas idéias. Até aí, tudo dentro da normalidade.
O problema começa quando a pervenção do serumaninho toma conta das redes. O caso do serralheiro carioca Carlos Luiz Batista, de 39 anos, que teve sua vida virada de ponta a cabeça em poucos dias, em razão de um boato compartilhado nas redes sociais. Uma mensagem, acompanhada de sua foto, dizia que o serralheiro era “estuprador e sequestrador de crianças”. Ele recebe ameaças constantes e teme sair de casa por conta disso.
Outro caso foi o de Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, que morreu em 05 de maio de 2014, após ter sido espancada por dezenas de moradores de Guarujá, no litoral de São Paulo. Segundo a família, ela foi agredida a partir de um boato gerado por uma página em uma rede social, que afirmava a dona de casa ser sequestradora de crianças, para utilizá-las em rituais de magia negra.
O NEXO jornal informa, que, de acordo com um levantamento do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas de Acesso a Informação da USP, na semana em que a Câmara autorizou a abertura do impeachment da ex-presidente Dilma Roussef, em abril, três das cinco matérias mais compartilhadas no Facebook no Brasil eram falsas. Vejam, não estou contra o impeachment, apenas relatando a pesquisa da USP.
Segundo o mesmo jornal, quando recebemos, por meio das redes sociais, o link de uma matéria que confirma nossa visão de mundo, temos mais chances de ignorar possíveis evidências de que ela seja falsa e logo compartilhamos e reproduzimos uma mentira como verdade.
1 - Nos últimos dias vimos em Volta Redonda uma enxurrada de impropérios contra o candidato Samuca Silva nas redes sociais. Esta semana saiu uma falsa notícia, onde o título fala “Samuca tem forte ligação com a ideologia do Partido Verde” e ao lado as supostas ideologias do partido. Tudo uma montagem mal feita que busca apenas associar a imagem do candidato a defensor de causas tão polêmicas.
Neste caso o que devemos fazer? Quando uma notícia ou print mostra que uma figura pública disse ou fez alguma coisa, vamos buscar se o print é verdadeiro ou se a reportagem é original? Devemos ter cuidado também com perfil falso que são usados para difamar alguma figura pública. Segue abaixo a reportagem real e falsa criada pelos adversários político de Samuca. Eu poderia exemplificar com vários panfletos ou postagens feitas nas redes sociais, mas vou utilizar apenas este. Caso seja solicitada exemplifico através de outros.
2 - Verifique o histórico do veículo ou de quem publicou a informação. Tem muita gente com medo de perder o salário que ganha como ASPONE, se o seu candidato perder. Sabemos que muitos políticos têm a prática de fazer um racha (mear a verba destinada aos gabinetes), ou negociar cargos nas coligações em todos os escaloes para manter seus cabos eleitorais, recebendo muitas vezes para não trabalhar e, assim, os mantém cativos para as suas próximas campanhas. Se um candidato que não está ligado a esta teia de influências ganhar, toda esta estrutura cai por terra, o castelo desmorona. Essa prática leva aos cargos, pessoas que não estão qualificadas para tal função e isso faz com que os serviços oferecidos pelo poder público seja muito inferior aos prestados pela iniciativa privada. Como é o caso por exemplo dos planos de saúde, que hoje é o sonho de consumo da população de baixa renda. O descaso com a população é grande. Será que o candidato Samuca não aceita coligação para fugir dessa teia?
No período que se compreende a baixa Idade Média e início da modernidade, o senso comum vai atribuir ao monarca a posse de um poder miraculoso, a manifestação de um poder divino que somente se manifesta nos reis. Existia uma cerimônia onde os fieis beijavam a mão do rei acreditando que seria purificado e elevado ao plano divino através do gesto. Com os reis taumaturgos a crença bem difundida na Europa durante mais de meio milênio, era de que os reis de França e Inglaterra tinham o poder miraculoso de curar, com seu toque, uma afecção da pele, as escrófulas. Marc Bloch disse que “o rei possui sobre seus súditos tal poder que é capaz de enxertar em suas mentes, e mais, em seus imaginários, seus projetos, seja lá quais caráter eles possuam”. O povo se dirigia até o rei todos os anos e na grande maioria das vezes sem alcançar a cura, mas ainda acreditando nela, a mentalidade não mudava e o poder político do rei se reafirmava.
O que tento enunciar é que qualquer idéia de mudança, que faça desmoronar o castelo do império dos poderosos estabelecido em nosso município, será visto pelos cidadão através do discurso da corte como risco a ordem pública, caos na política. Qualquer mudança que amedronte este poder será combatida com todo tipo de intriga e difamação.
São três os crimes contra a honra tipificados pelo nosso código penal: Calúnia (art. 138); Difamação (art. 139) e Injúria (art. 140).
Sabedora da curta memória histórica que temos, estou juntando muitas postagens feitas com acusações através de print. Estou como cidadã voltarredondense profundamente aterrorizada com a quantidade de pessoas empenhadas em denegrir a imagem do candidato Samuca. O medo de perder o poder é tamanho ao ponto de não temer as leis.
Os crimes digitais são cada vez mais comuns porque as pessoas cultivam a sensação de que o ambiente virtual é uma terra sem leis. A falta de denúncias também incentiva fortemente o crescimento dos número de golpes virtuais e violência digital.
A pessoa que você acredita ser inteligente e confiável pode também estar apenas reproduzindo o que outro postou ou agindo de má-fé. Vamos nos comprometer como pessoas que tem o desejo sincero de fazer uma gestão sem comprometimentos obscuros de campanha, pactos e acordos de campanha, que seu único compromisso seja com a população de Volta Redonda. Sem medo de errar, sem medo de mudar, vamos transformar nossa cidade. Não permita que as pessoas sejam enganadas com tantas mentiras. Vamos cuidar da ética nas redes sociais e na escolha dos nossos governantes.





















REFERÊNCIAS





segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Samuca ou Baltazar: Em quem votar?


                                                                                                                                             Rose Salazar
                                                                                                                               17 de outubro de 2016
O cenário político em Volta Redonda está muito fervoroso, ocorrendo, a todo momento ofensas e denuncismos, além de sermos bombardeados com notícias sobre os dois candidatos a Prefeitura. Nesse ambiente de disputa, fatos inverídicos, perfis falsos, manipulação dos órgãos de imprensa (através de inserções em seus sites), atacam a reputação dos candidatos, que vão se multiplicando nas redes sociais. O tradicional cabo eleitoral está sendo substituído pelo ativismo digital. Isso é uma tendência mundial. Os partidos já se organizam para este novo momento digital que a sociedade vive. Tudo muito novo! Pior, nada de novidade. O novo é apenas o instrumento que está sendo utilizado ou manuseado (internet), mas a prática política é velha. As ofensas e boatos já se encontram enraizadas em nossa cultura. Lembro-me de um amigo que citou, em uma conversa privada, os métodos utilizados por ele há 14 anos atrás, dentre estes, no caso, falar ao celular (lembrando que o celular nesse momento quase nunca tinha área de cobertura) dentro de um ônibus, em voz alta, como se a conversa não pudesse chegar aos ouvidos da população (pura fofoca). Nas palavras dele, esses boatos (noticias criadas) se espalhavam como fogo, sem endereço e nome. Como conter uma fofoca? A questão é onde está a ética que tanto buscamos na política? Como podemos cobrar uma conduta ética de nosso candidato, se utilizo esta prática? Percebendo que a internet está sendo utilizada para espalhar boatos, decidi escrever sobre os dois candidatos e sobre os boatos ou verdades que se espalham nas redes sociais.
Iniciarei com um boato “leve”: a visita do candidato Samuca à Casa Maçonica, com a finalidade de apresentar suas propostas. Aqui, nesse caso, espalhou-se de uma forma assustadora. É nesse momento que conhecemos o preconceito ainda enraizado na sociedade, várias pessoas se posicionando contra o candidato alegando que ele seria maçom (isso, em si, é pecado ou desconhecimento?). O boato foi desmentido pelo próprio Samuca, que chegou a postar sobre o convite feito pela Casa Maçonica aos dois candidatos, e aceito por ambos, sendo que Samuca apresentaria suas propostas em 11 de outubro, enquanto Baltazar em 25 do mesmo mês. Outro fato, não difundido na mídia, talvez por falta de repercussão negativa, foi o encontro dos candidatos com a Diocese de Volta Redonda. Esses fatos comparativos deixam claro a intenção em denegrir a imagem de Samuca.
Quanto aos boatos sobre o Samuca ser favorável à legalização do uso da maconha e do aborto, por “constar no estatuto do Partido Verde”, são pontos que muito nos assustam. Mas, nestes temas, a eleição de Volta Redonda tem o poder de decidir sobre tais questões, que se encontram em constante debate no plano nível nacional? Qual é a função do prefeito? Trata-se de eleição para Deputado? Será que Samuca, uma vez eleito, teria o poder de liberar o uso da maconha em nossa Cidade e regulamentar o aborto? Tenho certeza e convicção de que ele precisaria resolver as questões de saúde, do qual o município vem sofrendo. Aliás, se resolver esse ponto, já estará fazendo um bom trabalho pela população, que tanto sofre com a falta de médicos nos postos de saúde, falta de medicamentos nas farmácias públicas, ausência de leitos nos hospitais, dificuldades em marcar uma cirurgia, etc. Acredito que as questões colocadas em relação ao aborto e a maconha são matérias de competência do Congresso Nacional, não estando na pauta de prioridades para nenhum dos dois candidatos. Nesse momento, temos muitas pessoas sendo levadas para fazer hemodiálise em outras cidades, e acredito que esta é uma prioridade. Precisamos de clinicas municipais ou estaduais para atender aos dependentes químicos de nossa cidade e região. Afinal eles irão governar para todos, devendo focar na prevenção.
Quando Samuca fala que não é político, eu entendo isso no sentido das velhas práticas políticas, aquelas que mencionei no início do texto. Algo tão esperado por algumas pessoas e assustador quando aparece. O discurso de que isso seja perigoso se espalha, como se isso fosse algo abominável, assustador, quase uma aberração. Não precisamos de políticos profissionais, mas sim de pessoas que governem com respeito ao dinheiro público, difundindo a transparência na Administração Pública. Chega de criar redes de influências para manter o poder local, regional e nacional. Essas notícias são veiculadas para manter nosso voto no cabresto, assim, você desiste de votar no novo e deixa se perpetuar a velha política que governa nossa cidade há anos.
Outro fato que me deixa apavorada é a comparação de Samuca com Collor, esdrúxula e ignorante. Quem escreveu não sabe certamente de onde veio Collor. Collor foi levado ao poder pela ARENA/PDS, quando foi nomeado prefeito de Maceió em 1979; em 1982 foi eleito deputado federal, votando em Maluf para presidente, no Colégio Eleitoral. Filiou-se ao PMDB, em 1986, sendo eleito governador de Alagoas, na onda do Plano Cruzado. Através do PRN, partido criado por ele, disputou a presidência em 89. Samuca nunca ocupou um cargo político eletivo. Isso é, no mínimo, um grande anacronismo. Usar o argumento de que as mulheres elegeram Collor pela beleza, e farão o mesmo com Samuca, é ofender a inteligência da mulher, como se fossemos alienadas. Verifica-se, nessas palavras, puro preconceito, principalmente em relação à maioria da população de Volta Redonda. Sugiro a esse tipo de pessoa, muito cuidado com o que falam, devido à uma grande bobagem no que expressam. As mulheres sabem escolher e a comparação é totalmente sem "noção".
O caso que mais fez-me rir foi a publicação, no jornal Diário do Vale, com o título “vice de Baltazar é criador da lei da creche integral”. Faço a primeira pergunta: se ele foi autor da lei, por que não fez com que fosse cumprida? Outra pergunta: o que está sendo feito com a verba federal do Programa “Brasil Carinhoso" (muito dinheiro), destinada ao nosso município? Será que o vereador (vice) sabe? Agora, o básico: Sr. Vereador, por que não apresenta o que verdadeiramente fez? Quanto ao jornal, faço a seguinte pergunta: por que o título nada tem a ver com o conteúdo da matéria? Seria para induzir a população a acreditar nesse disparate? Existe, no direito brasileiro, a Constituição Federal, a LDB; assim, cuidado com o que postam.
Muitas vezes, por fala de tempo, nos dedicamos a ler somente o título da matéria, e ficamos com a opinião que o título sugeri. Ou, quem sabe, teria sido um equivoco na edição? Prefiro acreditar na segunda hipôtese.
O discurso de que um gestor não pode governar porque não conhece de política é enganoso. Se for assim, podemos falar de casos de engenheiros que assumiram a direção de hospitais, engenheiro civil como ministro do Planejamento, ministro da saùde e vários casos no Brasil, alguns com sucesso, outros nem tanto.
Quanto ao candidato Baltazar, no primeiro turno atacado pelo PEN, com panfletos que lembravam à população sobre os processos judiciais dos quais ele responde em relação a Operação Sanguessuga, ficou tudo esquecido no segundo turno. Nada mais é falado sobre isso, os ataques se concentraram em Samuca. Após o candidato Samuca se pronunciar a respeito de não aceitar o apoio de partidos, as forças partidárias se uniram contra ele, ferozmente. Os partidos que se empenhavam em atacar o candidato Baltazar, não apenas nessa eleição, mas desde 2006, agora unem-se a ele para derrotar Samuca, sendo isso, no mínimo, estranho.
"Em maio de 2006, a Polícia Federal deflagrou a Operação Sanguessuga para desarticular o esquema de fraudes em licitações na área de saúde. De acordo com a PF, a quadrilha negociava com assessores de parlamentares a liberação de emendas individuais ao Orçamento da União, para que fossem destinadas a municípios específicos. Com recursos garantidos, o grupo - que também tinha um integrante ocupando cargo no Ministério da Saúde - manipulava a licitação e fraudava a concorrência, valendo-se de empresas de fachada. Os preços da licitação eram superfaturados, e o lucro era distribuído entre os participantes do esquema. Dezenas de deputados foram acusados inclusive o candidato a prefeitura de Volta Redonda Paulo Cesar Baltazar.“ (vide matéria do Congresso em foco)
Esse fato, nesse momento, para a impressa local, não possui mais relevância para o grupo que se une para eleger o candidato Baltazar. Ou seja, um caso de AÇÃO CIVIL PÚBLICA/IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA deixa de ter relevância, passando o foco para a falta de experiência do candidato Samuca. Aí vem minha pergunta, por que?
O candidato Baltazar defende-se, argumentando que, na função de deputado, não tinha o poder de comprar ambulâncias; evidente que sabemos disso, mas, a denuncia é “ liberação de emendas individuais ao Orçamento da União” para os municipios, a partir de uma licitação fraudulenta.
A defesa é que o caso não foi julgado, sendo o candidato inocente, até que se prove o contrário. Leonel Brizola já denunciava Eduardo Cunha, em 2000. Noticiou-se: “Brizola estava incomodado com a Cehab, comandada por Cunha, detentora de um dos maiores orçamentos do governo fluminense." Organizou um abaixo assinado pedindo o afastamento de Eduardo Cunha, “devido à má-gestão e também aos seus antecedentes”, de acordo com outra reportagem da Folha de S.Paulo. A população não acreditou nas denuncias, e, mesmo diante a tantas denuncias que surgiram durante os anos, Eduardo Cunha continuou sendo eleito, alegando ter sido caluniado pela oposição.
Muito me assusta a banalização desse caso por parte da grande maioria dos políticos e partidos de nossa cidade, que valorizam a falta de experieência de Samuca Silva, a despeito da denúncia na “máfia das ambulâncias” de Baltazar.
Poderíamos debater tantos argumentos utilizados para denegrir a imagem de um candidato, e, por tabela, santificar o outro. Por enquanto, até que outro assunto apareça nas redes, ficarei por aqui, lembrando que, independente de partido, tenho respeito pelos dois candidatos, mas nunca negaria minha preferência por Samuca. Não seria coerente reivindicar políticas públicas voltadas para o primeiro emprego de jovens, e negar a um candidato que, não sendo jovem, tenha direito de ser um prefeito, com seus 35 anos. Sou Samuca no segundo turno, seguindo o discurso que utilizei no primeiro turno “independência para governar”. Vamos parar de mimimi e ouvir propostas. Após as eleições, cobraremos dos vereadores e do Prefeito eleito tudo que prometeram durante a campanha.