terça-feira, 26 de novembro de 2013

Aplicativos para Deficientes Visuais

Aplicativos para Deficientes Visuais

Os aplicativos Tandera são aplicativos para celulares Android desenvolvidos especialmente para pessoas cegas ou com baixa visão.
Os aplicativos Tandera facilitam a utilização do celular, melhoram a qualidade de vida e a independência das pessoas com deficiência visual.
Conheça os aplicativos Tandera:

Tandera Dinheiro

Tandera Dinheiro é um aplicativo desenvolvido para pessoas com deficiência visual.
O Tandera Dinheiro ajuda pessoas com deficiência visual a identificarem o valor das cédulas do dinheiro brasileiro, o Real.
O Tandera Dinheiro consegue identificar todas as notas do real brasileiro, inclusive as novas notas de R$10, R$20, R$50 e R$100.
Observações Importantes
  1. Este aplicativo não foi desenvolvido para identificar notas falsas.
  2. Para que as notas seja identificadas, é importante ter uma boa iluminação no momento da utilização.
  3. O processamento de imagem do Tandera Dinheiro exige um celular com bom processador. Procure adquirir um celular com processador de pelo menos 800 Mhz.

Instruções de Uso

  1. Inicie o Tandera Dinheiro.
  2. Coloque seu celular sobre a nota, no centro da nota, e paralelo à nota que você deseja identificar. Vagarosamente levante seu celular até que ele fale e identifique a nota. Se este processo não funcionar na primeira vez, por favor repita ou tente trocar o lado da nota.

Tandera Launcher

O Tandera Launcher é um aplicativo que substitui o Aplicativo Inicial do Android e facilita a utilização do celular por pessoas cegas ou com baixa visão.
O Tandera Launcher é composto de vários aplicativos desenvolvidos especialmente para pessoas cegas.
Estes aplicativos são:
        • Telefone

    Gerencia o registro de chamadas atendidas, não atendidas e ligações feitas.
        • Contatos

    Lista, cria, edita e apaga contatos.
        • Mensagens SMS

    Lê as mensagens recebidas e envia mensagens para números e contatos.
        • Alarmes

    Lista, cria, edita e apaga alarmes.
        • Informações

    Informa hora, data, nível da bateria e situação da rede de celular.
        • Aplicativos

    Lista e acessa todos os aplicativos instalados no seu celular.
        • Onde estou

    Fornece sua localização pelo GPS ou a localização aproximada baseada nas antenas de celular. É preciso ter Internet para usar este aplicativo.

Instruções de Uso

Para utilizar é bastante simples.
Basta mover seu dedo sobre a tela, e o aplicativo irá falar qual item está debaixo do seu dedo.
Se quiser ativar aquele item, basta dar dois toques rápidos na tela.
Você também pode utilizar o teclado físico do aparelho para navegar.

Observação Importante

Para utilizar o Tandera Launcher, é necessário ter um sintetizador de voz instalado no seu celular.
Por padrão, o Android já traz alguns sintetizadores, alguns em Inglês, outros em Espanhol, mas nenhum deles em Português. Caso queira utilizar um sintetizador em Português, recomendamos que instale o aplicativo ACapela, e busque a voz Márcia.

Perguntas frequentes



Nunca usei Android. Onde posso aprender mais?

Um bom ponto de partida é o blog TalkDroid, que é escrito pelo Kellerson Viana de Belo Horizonte. Este blog fala sobre Acessibilidade no Android para Pessoas com Deficiência Visual.

Como posso comprar os aplicativos Tandera?

Você pode comprar pelo seu celular ou pelo site do Google Play.
Você precisa ter um cartão de crédito internacional para comprar os aplicativos.

Na Play Store estão me pedindo usuário e senha? O que é?

Para usar o Google Play Store você precisa de um usuário e senha válido do Google. Pode ser o mesmo usuário e senha que você usa no GMail, por exemplo.

Não tenho cartão de crédito internacional. Posso usar um cartão de crédito nacional?

Infelizmente não. Quem controla  a compra e venda dos aplicativos é o Google que exige um cartão de crédito internacional. Se você não tem um, ligue para a operadora do seu cartão de crédito e peça para habilitarem a opção de compra internacional.

Não tenho cartão de crédito internacional. Posso pagar por boleto bancário, depósito em conta ou Pay Pal?

Infelizmente não. Na verdade, quando um aplicativo é vendido pela Play Store, o Google fica com 30% do valor da venda. Por isso, ao publicar um arquivo na Play Store, o Google pede a quem desenvolveu que concorde com os Termos de Uso que proíbem a venda de aplicativos por outros meios.

O Tandera Dinheiro reconhece euro, dólar ou outra moeda?

O Tandera Dinheiro reconhece somente cédulas de Real.

O Tandera Dinheiro reconhece notas falsas?

O Tandera Dinheiro não foi feito para reconhecer notas falsas.

Existe versão dos aplicativos para Nokia Symbian?

Embora o Symbian seja um bom sistema operacional, ele foi abandonado pela Nokia que pretende parar de vender aparelhos Symbian em breve, como visto em uma matéria da Gazeta do Povo de agosto de 2011, copiada abaixo:
A Nokia anunciou na última semana o fim do sistema operacional Symbian, que durante anos esteve entre os sistemas móveis mais usados no mundo. A empresa finlandesa planeja parar de vender aparelhos baseados no sistema operacional criado por ela nos Estados Unidos e no Canadá até o começo do ano que vem. A decisão foi tomada para que a empresa possa focar apenas nos smartphones com Windows Phone, a aposta da Nokia.

Existe versão dos aplicativos para iPhone?

No momento não existe versão de nenhum dos aplicativos  para iPhone. Não temos previsão de quando terá.
Fonte: http://www.celulartandera.com.br/tandera-launcher/


COMENTÁRIOS: Decidi postar sobre este aplicativo pois achei um aplicativo simples mas com informações necessárias para um deficiente visual. Tenho notado a dificuldade que minha mãe tem com o reconhecimento das notas e moedas. Sua deficiência visual aumentou chegando hoje a cegueira (que ela ainda não assumiu) mas é visível pelos familiares esta dificuldade em reconhecer o valor das notas. Sendo assim decidi postar sobre este aplicativo pois encontrei nele uma solução para o problema que tenho em casa.
Nesta postagem tem todas as informações necessárias sobre o aplicativo.



Tragédia: Deslizamento na serra das araras em 1967

Maior tragédia do Brasil foi na Serra das Araras


Uma cruz de 10 metros na subida da Serra das Araras (Piraí-RJ), no local conhecido por Ponte Coberta, marca o início de um enorme cemitério construído pela natureza. Lá estão cerca de 1.400 mortos (fora os mais de 300 corpos resgatados) vítimas de soterramento pelo temporal que atingiu a serra em janeiro de 1967. Foi a maior tragédia da história do país, superando o número de mortos da atual tragédia na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, hoje acima de 500.

No episódio da Serra das Araras, suas encostas praticamente se dissolveram em um diâmetro de 30 quilômetros. Rios de lama desceram a serra levando abaixo ônibus, caminhões e carros. A maioria dos veículos jamais foi encontrada. Uma ponte foi carregada pela avalanche. A Via Dutra ficou interditada por mais de três meses, nos dois sentidos.

A Revista Brasileira de Geografia Física publicou, em julho do ano passado, a lista das maiores catástrofes por deslizamento de terras ocorridos no país. O episódio da Serra das Araras, com seus 1700 mortos estimados, supera de longe qualquer outro acidente do gênero no país.

Para se ter uma idéia do que ocorreu na Serra das Araras basta comparar os índices pluviométricos. A atual tragédia de Teresópolis ocorreu após um volume de chuvas de 140mm em 24 horas. Na Serra das Araras, em 1967, o volume de chuvas chegou a 275 mm em apenas três horas. Quase o dobro de água em um oitavo do tempo.

Mas o episódio da Serra das Araras parece ter sido apagado da memória do país e, especialmente, da imprensa. O noticiário dos veículos de comunicação enfatiza que a tragédia da Região Serrana do Rio superou o desastre de Caraguatatuba em março de 1967 (ver abaixo). O caso da Serra das Araras, ocorrido em janeiro daquele mesmo ano, sequer é citado.

Até a ONU embarcou na história e colocou a tragédia atual entre os dez maiores deslizamentos de terras do mundo nos últimos 111 anos.
Caraguatatuba
O ano de 1967 foi realmente atípico. Em março, dois meses após a tragédia da Serra das Araras, outro desastre atingiu Caraguatatuba, no litoral paulista. Chovia quase todos os dias desde o início do ano (541mm só em janeiro, o dobro do normal). Do dia 17 para 18 de março, um temporal produziu quase 200 mm de chuvas em um solo já encharcado. No início da tarde de 18 de março, sábado, a tragédia aconteceu sob intenso temporal que chegou a acumular 580mm de chuvas em dois dias (Teresópolis teve 366mm em 12 dias).

Segundos os relatos da época, houve uma avalanche de lama, pedras, milhares de árvores inteiras e troncos que desceu das encostas da Serra do Mar, destruindo casas, ruas, estradas e até uma ponte. Cerca de 400 casas sumiram debaixo da lama. Mais de 3 mil pessoas ficaram desabrigadas (20% da população da época). O número de mortos - cerca de 400 - foi feito por estimativa, pois a maioria dos corpos foi soterrada ou arrastada para o mar.

Detalhe: Caraguatatuba, em 1967, era um balneário turístico de 15 mil habitantes. Dá para imaginar quais seriam as consequências se aquela tragédia ocorresse hoje, com os atuais 100 mil habitantes.


A Serra das Araras ficou “pelada” após tragédia de 1967
 A Serra das Araras ficou “pelada” após tragédia de 1967


As marcas dos deslizamentos no mesmo ano de 1967
Caraguatatuba: As marcas dos deslizamentos no mesmo ano de 1967

‘Vimos mortos nas árvores, braços na lama'
Bárbara Osório-MacLaren nasceu na Alemanha em janeiro de 1939. Tendo sobrevivido à II Guerra Mundial, veio para o Brasil com a família em 1950, quando tinha 11 anos, atendendo a um chamado do avô materno, que já vivia no país.
Foi morar em São Paulo, na Tijuca Paulista, fez Admissão no Externato Pedro Dolle e, quando jovem, estudou no Ginásio Salete. Frequentava o Clube Floresta: "Nos encontrávamos (com os amigos) para nadar ou praticar outro esporte", relembra.

Em 1961, mudou-se para a Inglaterra. Seis anos depois, aos 28 anos de idade, voltou ao Brasil para rever os amigos.
Já no Rio de Janeiro, em 22 de janeiro de 1967, às 23 horas, tomou um ônibus da Viação Cometa com destino a São Paulo. Um temporal desabou na Via Dutra, que acabara de ser duplicada. Nunca, naquela região, se havia visto ou iria se ver uma chuva tão forte quanto aquela que presenciava a jovem alemã e que ela relata a seguir:

- Dentro de 40 minutos, na Via Dutra, houve um temporal. O nosso ônibus já estava na subida, mas a estrada se abriu a nossa frente. Lá ficamos até a manhã do dia seguinte. Pela rádio ouvimos os gritos de pessoas em outros carros, estavam sufocando na lama.

Bárbara dá detalhes: "Pela manhã, descemos o morro a pé, vimos mortos nas arvores, braços na lama, as reportagens nos jornais falavam de mais de 400 mortos. Eu desmaiei no transporte de caminhão desta cena ao Centro do Rio. Quando acordei do coma ou desmaio, estava em Lisboa, Portugal. Em outras palavras, em vez de me levarem a um hospital no Rio, me despacharam para a Europa".

A experiência da jovem alemã, hoje com 72 anos, foi contada há dois anos em um depoimento ao site "São Paulo Minha Cidade" e dá a dimensão do que ocorreu na Serra das Araras em 1967.

Mas seu depoimento, 42 anos após a tragédia, é uma raridade. Há poucas histórias registradas sobre os acontecimentos da época, por duas razões: carência de boa cobertura jornalística, em virtude dos parcos recursos tecnológicos da imprensa no período, e o fato de que o episódio foi tão trágico que poucos sobreviveram para testemunhá-lo.

Outra das poucas histórias que sobreviveram também envolve um cidadão estrangeiro. É a história do motorista do ônibus prefixo 529 da Viação Cometa, que salvou a vida de quase todos os passageiros. O motorista, quando vislumbrou a tragédia que poderia se suceder, pediu que todos deixassem o ônibus, mas um estrangeiro recusou-se à deixar o veículo. Poucos minutos depois, uma rocha rolou e caiu sobre o ônibus, matando o estrangeiro.
Salvos: Ônibus da Viação Cometa na Serra das Araras, em 1967. Motorista só não salvou um passageiro

Advogado lembra trabalho de presos
O advogado Affonso José Soares, de Volta Redonda, que morava em Piraí na época da tragédia, lembrou que, na madrugada da tragédia na Serra das Araras, trabalhava em um habeas corpus para a libertação de sete presos. Eles haviam sido detidos, em flagrante, cerca de dois meses antes, praticando um jogo ilegal de aposta conhecido como "Jogo da Biquinha". Durante a madrugada, percebeu o barulho do estrondo, mas continuou o trabalho com o auxílio de um lampião, já que a cidade ficou às escuras por causa dos deslizamentos na serra.

- Estava trabalhando no meu escritório e escutei o estrondo por volta de uma ou duas horas da manhã. Estava trabalhando intensamente em um habeas corpus para sete presos que estavam na cadeia de Piraí e, quando as luzes se apagaram, tive que usar um lampião durante a madrugada toda - lembrou.

Na manhã seguinte, segundo ele, o município foi "invadido" por passageiros do Rio de Janeiro e de São Paulo, que ficaram impossibilitados de passar pela serra devido aos desmoronamentos e crateras.

- Foi uma ocorrência de acidente muito grave. Os ônibus de São Paulo e carros do Rio entravam em Piraí e não tinham como seguir viagem. O comércio foi praticamente invadido por passageiros. A tromba d'água tinha destruído praticamente todo o acesso. Na Serra das Araras, havia crateras enormes. Demoraram quatro ou cinco meses para restabelecer a situação - lembrou.

Antes do meio dia, no dia da tragédia, o advogado lembra que foi procurado pelo delegado que pediu sua ajuda para convencer os presidiários a colaborarem no resgate das vítimas.

- O contingente da delegacia era de cinco pessoas, entre policiais militares e civis e havia necessidade imediata de pessoas para realizar o trabalho de prestar socorro às vítimas presas nas crateras. O delegado acrescentou que os presos depositavam confiança em mim e me respeitavam e que eu poderia convencê-los a ajudar - continuou.

Ao dirigir-se àquele que seria o "líder" dos presos, Affonso recordou que frisou a oportunidade de os presos mostrarem humanidade e solidariedade.

- Falei que eles estavam tendo uma oportunidade de prestar um serviço público e demonstrar espírito solidário. Mesmo assim, lembrei que se esboçassem qualquer reação de rebeldia poderiam ter sérios problemas, porque eu tinha material suficiente para incriminá-los. Eles aceitaram e pediram para dizer que estavam nas mãos do delegado - acrescentou o advogado.

Os sete presos fizeram o trabalham mais pesado do salvamento: foram amarrados por cordas e descidos até o local em que estavam às vítimas. Além de auxiliar no salvamento e nos primeiros socorros aos sobreviventes, apanhavam corpos e os traziam abraçados.

"Eles eram fortes e fizeram um trabalho que ninguém queria fazer. Trabalharam por 48 horas e voltaram à delegacia para ajudar na parte burocrática", frisou Affonso.

Dias depois, por intermédio de um escrivão piraiense que vinha de São Paulo, Affonso descobriu que o trabalho executado pelos presos havia ido parar na primeira página do Jornal da Tarde com o título "Os sete homens bons". Sem pestanejar, anexou a reportagem ao processo que estava organizando.

- Apanhei a primeira página do Jornal da Tarde e juntei ao habeas corpus e tenho certeza que isso contribuiu para obter a liberação deles. Eles demonstraram seu lado humano, o de quem não é só criminoso, bandido - explicou.















Fonte :  http://diariodovale.uol.com.br/noticias/4,34343.html#axzz2llGtHCb1
 http://bogdopaulinho.blogspot.com.br/2011/01/1967-serra-das-araras-maior-tragedia.html