sexta-feira, 21 de outubro de 2016

FALSO OU VERDADEIRO: Como saber se estão me enganando?


Rose Salazar
21/10/2016 
 
Quem não conhece ou já ouviu falar em Facebook, Instagram ou Twitter? Hoje, 81,5 milhões de brasileiros acessam à internet através do celular. As redes sociais deixam de ser apenas uma ferramenta de interação, de busca por relacionamento e de conversa, passando a exercer uma função social importante. As redes sociais foram pensadas, em sua origem, como forma de entretenimento, e promoviam um contato maior entre as pessoas para amenizar as distâncias geográficas.
Seja qual for o motivo das pessoas, se por lazer, relacionamentos, empregos ou outros objetivos, as redes sociais permitem uma maior conexão entre elas. O ciberespaço é um novo espaço para a expressão, conhecimento e comunicação humana, onde a presença humana não existe fisicamente mas virtualmente.
É inegável que a revolução cibernética-tecnológica afeta os mais variados aspectos da vida cotidiana, e não poderia ser diferente na política. Todos os partidos produziram, ou estão elaborando, cartilhas para ensinar a utilização dessas plataformas nas campanhas eleitorais. Afinal, todos buscamos uma forma rápida de alcançar um maior número de pessoas para passar nossas idéias. Até aí, tudo dentro da normalidade.
O problema começa quando a pervenção do serumaninho toma conta das redes. O caso do serralheiro carioca Carlos Luiz Batista, de 39 anos, que teve sua vida virada de ponta a cabeça em poucos dias, em razão de um boato compartilhado nas redes sociais. Uma mensagem, acompanhada de sua foto, dizia que o serralheiro era “estuprador e sequestrador de crianças”. Ele recebe ameaças constantes e teme sair de casa por conta disso.
Outro caso foi o de Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, que morreu em 05 de maio de 2014, após ter sido espancada por dezenas de moradores de Guarujá, no litoral de São Paulo. Segundo a família, ela foi agredida a partir de um boato gerado por uma página em uma rede social, que afirmava a dona de casa ser sequestradora de crianças, para utilizá-las em rituais de magia negra.
O NEXO jornal informa, que, de acordo com um levantamento do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas de Acesso a Informação da USP, na semana em que a Câmara autorizou a abertura do impeachment da ex-presidente Dilma Roussef, em abril, três das cinco matérias mais compartilhadas no Facebook no Brasil eram falsas. Vejam, não estou contra o impeachment, apenas relatando a pesquisa da USP.
Segundo o mesmo jornal, quando recebemos, por meio das redes sociais, o link de uma matéria que confirma nossa visão de mundo, temos mais chances de ignorar possíveis evidências de que ela seja falsa e logo compartilhamos e reproduzimos uma mentira como verdade.
1 - Nos últimos dias vimos em Volta Redonda uma enxurrada de impropérios contra o candidato Samuca Silva nas redes sociais. Esta semana saiu uma falsa notícia, onde o título fala “Samuca tem forte ligação com a ideologia do Partido Verde” e ao lado as supostas ideologias do partido. Tudo uma montagem mal feita que busca apenas associar a imagem do candidato a defensor de causas tão polêmicas.
Neste caso o que devemos fazer? Quando uma notícia ou print mostra que uma figura pública disse ou fez alguma coisa, vamos buscar se o print é verdadeiro ou se a reportagem é original? Devemos ter cuidado também com perfil falso que são usados para difamar alguma figura pública. Segue abaixo a reportagem real e falsa criada pelos adversários político de Samuca. Eu poderia exemplificar com vários panfletos ou postagens feitas nas redes sociais, mas vou utilizar apenas este. Caso seja solicitada exemplifico através de outros.
2 - Verifique o histórico do veículo ou de quem publicou a informação. Tem muita gente com medo de perder o salário que ganha como ASPONE, se o seu candidato perder. Sabemos que muitos políticos têm a prática de fazer um racha (mear a verba destinada aos gabinetes), ou negociar cargos nas coligações em todos os escaloes para manter seus cabos eleitorais, recebendo muitas vezes para não trabalhar e, assim, os mantém cativos para as suas próximas campanhas. Se um candidato que não está ligado a esta teia de influências ganhar, toda esta estrutura cai por terra, o castelo desmorona. Essa prática leva aos cargos, pessoas que não estão qualificadas para tal função e isso faz com que os serviços oferecidos pelo poder público seja muito inferior aos prestados pela iniciativa privada. Como é o caso por exemplo dos planos de saúde, que hoje é o sonho de consumo da população de baixa renda. O descaso com a população é grande. Será que o candidato Samuca não aceita coligação para fugir dessa teia?
No período que se compreende a baixa Idade Média e início da modernidade, o senso comum vai atribuir ao monarca a posse de um poder miraculoso, a manifestação de um poder divino que somente se manifesta nos reis. Existia uma cerimônia onde os fieis beijavam a mão do rei acreditando que seria purificado e elevado ao plano divino através do gesto. Com os reis taumaturgos a crença bem difundida na Europa durante mais de meio milênio, era de que os reis de França e Inglaterra tinham o poder miraculoso de curar, com seu toque, uma afecção da pele, as escrófulas. Marc Bloch disse que “o rei possui sobre seus súditos tal poder que é capaz de enxertar em suas mentes, e mais, em seus imaginários, seus projetos, seja lá quais caráter eles possuam”. O povo se dirigia até o rei todos os anos e na grande maioria das vezes sem alcançar a cura, mas ainda acreditando nela, a mentalidade não mudava e o poder político do rei se reafirmava.
O que tento enunciar é que qualquer idéia de mudança, que faça desmoronar o castelo do império dos poderosos estabelecido em nosso município, será visto pelos cidadão através do discurso da corte como risco a ordem pública, caos na política. Qualquer mudança que amedronte este poder será combatida com todo tipo de intriga e difamação.
São três os crimes contra a honra tipificados pelo nosso código penal: Calúnia (art. 138); Difamação (art. 139) e Injúria (art. 140).
Sabedora da curta memória histórica que temos, estou juntando muitas postagens feitas com acusações através de print. Estou como cidadã voltarredondense profundamente aterrorizada com a quantidade de pessoas empenhadas em denegrir a imagem do candidato Samuca. O medo de perder o poder é tamanho ao ponto de não temer as leis.
Os crimes digitais são cada vez mais comuns porque as pessoas cultivam a sensação de que o ambiente virtual é uma terra sem leis. A falta de denúncias também incentiva fortemente o crescimento dos número de golpes virtuais e violência digital.
A pessoa que você acredita ser inteligente e confiável pode também estar apenas reproduzindo o que outro postou ou agindo de má-fé. Vamos nos comprometer como pessoas que tem o desejo sincero de fazer uma gestão sem comprometimentos obscuros de campanha, pactos e acordos de campanha, que seu único compromisso seja com a população de Volta Redonda. Sem medo de errar, sem medo de mudar, vamos transformar nossa cidade. Não permita que as pessoas sejam enganadas com tantas mentiras. Vamos cuidar da ética nas redes sociais e na escolha dos nossos governantes.





















REFERÊNCIAS





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