sexta-feira, 29 de novembro de 2013

História da Mesopotâmia

História da Mesopotâmia
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Modelo de um Zigurate
Introdução
A palavra mesopotâmia tem origem grega e significa " terra entre rios". Essa região localiza-se entre os rios Tigre e Eufrates no Oriente Médio, onde atualmente é o Iraque. Esta civilização é considerada uma das mais antigas da história.
 
Cidade Mesopotâmia

Principais povos
Vários povos antigos habitaram essa região entre os séculos V e I a.C. Entre estes povos, podemos destacar: babilônicos, assírios, sumérios, caldeus, amoritas e acádios. 
Características comuns
No geral, eram povos politeístas, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. No que se refere à política, tinham uma forma de organização baseada na centralização de poder, onde apenas uma pessoa ( imperador ou rei ) comandava tudo. A economia destes povos era baseada na agricultura e no comércio nômade de caravanas.
Vantagens da região
Vale dizer que os povos da antiguidade buscavam regiões férteis, próximas a rios, para desenvolverem suas comunidades. Dentro desta perspectiva, a região da mesopotâmia era uma excelente opção, pois garantia a população:  água para consumo, rios para pescar e via de transporte pelos rios. Outro benefício oferecido pelos rios eram as cheias que  fertilizavam as margens, garantindo um ótimo local para a agricultura.
Sumérios
Este povo destacou-se na construção de um complexo sistema de controle da água dos rios. Construíram canais de irrigação, barragens e diques. A armazenagem da água era de fundamental importância para a sobrevivência das comunidades. Uma grande contribuição dos sumérios foi o desenvolvimento da escrita cuneiforme, por volta de 4000 a.C. Usavam placas de barro, onde cunhavam esta escrita. Muito do que sabemos hoje sobre este período da história, devemos as placas de argila com registros cotidianos, administrativos, econômicos e políticos da época.
Os sumérios, excelentes arquitetos e construtores, desenvolveram os zigurates. Estas construções eram em formato de pirâmides e serviam como locais de armazenagem de produtos agrícolas e também como templos religiosos. Construíram várias cidades importantes como, por exemplo: Ur, Nipur, Lagash e Eridu.
Babilônios
Este povo construiu suas cidades nas margens do rio Eufrates. Foram responsáveis por um dos primeiros códigos de leis que temos conhecimento.
Baseando-se nas Leis de Talião ( " olho por olho, dente por dente " ), o imperador de legislador Hamurabi desenvolveu um conjunto de leis para poder organizar e controlar a sociedade. De acordo com o Código de Hamurabi, todo criminoso deveria ser punido de uma forma proporcional ao delito cometido. 
Os babilônios também desenvolveram um rico e preciso calendário, cujo objetivo principal era conhecer mais sobre as cheias do rio Eufrates e também obter melhores condições para o desenvolvimento da agricultura. Excelentes observadores dos astros e com grande conhecimento de astronomia, desenvolveram um preciso relógio de sol.
Além de Hamurabi, um outro imperador que se tornou conhecido por sua administração foi Nabucodonosor II, responsável pela construção dos Jardins suspensos da Babilônia (que fez para satisfazer sua esposa) e a Torre de Babel (zigurate vertical de 90 metros de altura). Sob seu comando, os babilônios chegaram a conquistar o povo hebreu e a cidade de Jerusalém.
 
Jardim suspensos da Babilônia
Assírios
Este povo destacou-se pela organização e desenvolvimento de uma cultura militar. Encaravam a guerra como uma das principais formas de conquistar poder e desenvolver a sociedade. Eram extremamente cruéis com os povos inimigos que conquistavam. Impunham aos vencidos, castigos e crueldades como uma forma de manter respeito e espalhar o medo entre os outros povos. Com estas atitudes, tiveram que enfrentar uma série de revoltas populares nas regiões que conquistavam.
Caldeus
Os caldeus habitaram a região conhecida como Baixa Mesopotâmia no primeiro milênio antes de Cristo. Eram de origem semita. O imperador caldeu mais importante foi Nabucodonosor II. Após a morte deste imperador, o império babilônico foi conquistado pelos Persas.

Baixa Mesopotâmia

Por volta de 3100-2900, na época inicial do bronze, a baixa mesopotâmia  já se apresentava urbanizada, e apresentava 14 cidades que subordinavam outra menores e numerosas aldeias. Trata-se, de fato, da mais antiga região urbanizada do mundo, assim, sendo a pioneira no processo de urbanização, sem ter um modelo à seguir. Soluções tiveram que ser encontradas para os problemas que iam aparecendo ao logo de 4 milênios enquanto o modo de vida urbano era consolidado, explicando a longevidade do processo.
baixa Mesopotâmia

No Egito, aonde a urbanização demorou 2,5mil anos, se cogita à possibilidade de terem aprendido o processo com os mesopotâmicos. Dentre as dificuldades encontradas pelos Mesopotâmicos, foi a dependência dos rios para a agricultura. Eles se encontravam em vazante no periodo de semear, e em cheia na época em que os cereais já estavam crescidos. Essas necessidades levaram à criação de sistemas de diques, barragens, canais de irrigação e drenagem, que dependiam de um enorme esforço para manutenção. Há comprovação arqueológica de que desde a pré história os Mesopotâmicos efetuavam comércio, às vezes com povos distantes, conseguindo assim materiais como ferro para a metalurgia, pedra, madeira, etc... .
Pesquisadores defendem a hipótese de que os primeiros órgãos estatais foram os templos, mas outros defendem a hipótese de que, desde sua formação, as instituições eram controladas por dois orgãos posteriores: O conselho de anciãos e a assembléia dos homens livres. O surgimento, comprovado por provas documentais da época, de templos administrativos ocorreu ainda no quarto milênio, mas o palácio real só apareceu no terceiro milênio.
Essa explicação é necessária para diferenciar a baixa mesopotâmia do início dos tempos históricos, aonde surgem as primeiras fontes escritas detalhadas. No terceiro milênio, a Baixa Mesopotâmia era dividida em duas partes: Os Sumérios, que falavam o sumério ,língua abandonada em 1900 a.c e o país de Akkad, aonde era falado o Acádio,
língua pertencente ao grupo semita que prevaleceria na região. Mas o que chama mais atenção à Mesopotâmia é sua homogeniedade cultural, apesar das duas línguas faladas. As cidades Mesopotâmicas eram constituidas de três partes: A cidade amuralhada, a cidade externa (fora dos muros) e o porto fluvial, que servia para o comércio externo.
 
A monarquia na mesopotâmia ocorreu de forma ocasional e eletiva em primeira instância, mas o monarca deveria consultar o conselho e a assembléia antes de ir à guerra. Na segunda metade do terceiro milênio, o rei passa à residir em um palácio completamente separado do templo, e já não carrega consigo a função de sumo-sacerdote, mas um dos pré-requisitos para a monarquia era ter o controle da cidade de Nippur, cujo santuário era o centro religioso da Suméria. Um dos fatores essenciais para o surgimento da monarquia permantente, hereditária e separada do templo foi o comando militar, necessário para a defesa das cidades e rotas marítimas e para os saques e pilhagens de outras cidades. As funções administrativas do templo, do conselho e da assembléia foram diminuindo à medida que o poder monárquico aumentou, esse tendo responsabilidades até na supervisão das obras de irrigação.
O primeiro governo que podemos denominar de império, foi criado por Sargão I, de Akkad, que unificou a mesopotâmia e seus arredores imediatos, fundando uma capital, denominada Akkad ou Agadé. Tal império não durou muito, em função de ataques externos e revoltas internas. Ao fim do terceiro milênio, a monarquia estava bem consolidada na mesopotâmia. O palácio se tornara, economicamente e politicamente, mais poderoso que o templo.
No entanto, durante o período de apogeu imperial, o poder monárquico mesopotâmico nunca se aproximou do poder monárquico egípcio. A religião mesopotâmica era politeísta, algumas delas geraram legado para outras culturas, como Inanna, inspiração para a Athena grega. Na concepção mesopotâmica, não existia separação entre o mundo natural e sobrenatural, tudo era dotado de vontade própria. A própria monarquia é uma criação divina na concepção mesopotâmica. Existiam, basicamente, 3 vertentes religiosas conhecidas: a religião sacerdotal dos templos, a religião monárquica, que se reservava às funções religiosas do monarca, com bastante fontes de pesquisa, e a religião popular, bastante desconhecida.
As maiores divindades sumero-arcadianas eram Anu, Enlil, Enki, Ninhursag ou Nitu, Nanna ou Sin, Utu, e Innana. Cada grande deus tinha um santuário principal situado em apenas uma das principais cidades-estado (embora cultuados em toda a mesopotâmia). Eram organizados festivais religiosos,que contavam com a presença do rei em pessoa. Os sacerdotes se organizavam hierarquicamente e seguiam uma rígida divisão do trabalho. O rei era classificado um representante ou capataz dos deuses, e devia consultar os sacerdotes para interpretar mensagens divinas que lhe chegavam.
Religião na Mesopotâmia
A mesopotâmia é uma região de planalto de origem vulcânica localizada no oriente médio, entre os vales do tio tigres e eufrates, e que hoje é definido como o território do Iraque.
Foi considerada uma sociedade muito organizada e que é conhecida pelas inúmeras cidades–estados que rodeavam os vales dos rios Tigre e Eufrates. Tais cidades eram muito parecidas com as cidades gregas em termos de independência e autonomia.
Na questão religiosa a Mesopotâmia era bastante diversificada, onde estavam presentes várias crenças e divindades. Muitas delas podem ser encontradas nas formas mais variadas, podendo ter sua imagem vinculada a figura humana, ou, como na maioria das vezes, tinha caracteristicas relacionadas a elementos da natureza.
Podemos citar aqui algumas dessas divindades como Shamash, que era considerado o deus do sol e da justiça. Anu, considerado senhor dos céus. Sin, considerado deusa da lua. E Ishtar, considerada deus da guerra e do amor.
Uma caracteristica importante da religião mesopotamica é que ela propria tinha característica dualista, onde era possivel encontrar sempre o bom e o ruim, o bem e o mal e buscando sempre tentar compreender essa relação, utilizavam de métodos não convencionais para uma religião como a adivinhação, a magia, e a astrologia.
A religião mesopotamica também permitia que em diversas cidades de seu domínio, acreditasse fielmente na vida após a morte e assim desenvolveram vários ritos funenários. Tinham o costume de enterrarem os mortos com alguns objetos pessoais dentro da tumba, e uma outra caracteristica interessante de ser citada é que atraves da própria tumba onde o falecido foi colocado poderia nos indicar a condição financeira dele e da família. Ou seja, se o defunto fosse rico, obviamente sua tumba seria mais requintada do que de um pobre mesopotamico.
A morte  parecia ter uma grande importância nessa cultura, fato que nos levam a concluir isso é a observação de sua literatura, onde através de narrativas miticas escritas por eles podemos localizar a sua crença de que os mortos passavam para um mundo subterrâneo, mostrando a crença na morte como algo místico.
Misticismo que também é muito encontrado na literatura mesopotamica, onde no texto “O mito da criação” relatam a origem do mundo através de feitos de Marduk, que era uma das principais divindades mesopotamicas. Podemos citar também o texto “Epopeia de Gilgamesh” onde relatam algumas aventuras de um gigante que teria controlado uma cidade chamada Uruk.
Cidade mais conhecida da região da Mesopotâmia, Babilônia  é tida para muitos historiadores como o berço da civilização pelos grandes avanços sociais, econômicos, políticos e culturais.
Os primeiros povos mesopotâmicos chegaram há mais de 5.000 anos atrás das montanhas da Ásia central a procura de territórios férteis próximos aos rios, para fixarem moradia. Por volta do século XIX a.C., os amoritas derrotaram os sumérios e acádios que dominavam a Mesopotâmia. Oriundos do sul do deserto árabe, construíram a cidade-Estado  de Babilônia, formando o Primeiro Império Babilônico.
No século XVIII a.C., o rei babilônio Hamurábi  conseguiu unificar o povo e expandir seu domínio para além do Golfo Pérsico, possibilitando grandes avanços na agricultura - através da canalização dos rios - e na arquitetura babilônica - criando grandes templos luxuosos, como os zigurates, para venerar o deus Marduk.
É de autoria de Hamurábi o primeiro código de leis do mundo. Baseado nas Leis de Talião – “olho por olho, dente por dente” -, o Código de Hamurábi estabelecia punição aos crimes conforme a gravidade do delito. Por exemplo, no artigo 218 “se um médico fizer uma larga incisão com uma faca de operações e matar o paciente, suas mãos devem ser cortadas”. As punições não eram as mesmas se fossem para os escravos: eles estavam vulneráveis a sofrerem os piores castigos, pois eram tratados como números.
Com a morte de Hamurábi, seguiu-se uma grande instabilidade política na Babilônia, facilitando a invasão e domínio dos cassitas. Entre 1300 a.C. e 630 a.C., os assírios promoveram inúmeras guerras no território mesopotâmico, esbanjando força bélica. Tanto preparo para o combate e grande repressão no trato com seus inimigos não demoraria a mostrar o ponto fraco dos assírios: a administração.
As invasões assírias provocaram grandes revoltas civis nos territórios ocupados, deixando as cidades mesopotâmicas vulneráveis à invasão dos caldeus, sob liderança do monarca Nabopossalar. Ele unificou os territórios e deu início ao Segundo Império Babilônico ou Império Neobabilônico.
Sete anos depois, após a morte de Nabopossalar, seu filho Nabucodonosor assume e faz o possível para expandir seu domínio pela Mesopotâmia. Investindo pesado no seu exército, lutou por mais de trinta anos para conquistar os territórios do Egito, Assíria, Jerusalém, Fenícia, parte da Arábia, Palestina, Síria e Elam, tornando-se a maior liderança do Oriente Médio da Antiguidade. Em seu governo, que durou de 604 a.C. a 562 a.C., Nabucodonosor protegeu Babilônia com muralhas pela cidade e impulsionou o desenvolvimento arquitetônico com luxuosos palácios para os funcionários públicos, a Torre de Babel, citada no Antigo Testamento da Bíblia, e os Jardins Suspensos da Babilônia, famosa por ser uma das Sete Maravilhas da Antiguidade. No ano de 539 a.C., os persas invadiram a Babilônia e dominaram todo o território da Mesopotâmia, com o forte exército liderado por Ciro, o Grande. 
Torre de Babel

http://www.infoescola.com/historia/mesopotamia/
http://www.suapesquisa.com/mesopotamia/

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